Meta é acusada por não ter impedido as mensagens enganosas; empresa diz que tentou evitar as propagandas usando tecnologia que detecta e bloqueia conteúdo falso. Austrália abriu processo contra Meta, dona do FacebooknDado Ruvic / REUTERSnA Austrália abriu um processo contra a Meta, empresa proprietária do Facebook e do Instagram, por veicular anúncios enganosos sobre criptomoedas com imagens de celebridades. nA comissão de proteção ao consumidor do país informou que iniciou procedimentos na Corte Federal contra as plataformas da Meta por “conduta enganosa” que viola as leis do consumidor ou de segurança.nA dona do Facebook é acusada de não fazer o suficiente para impedir os anúncios enganosos de criptomoedas ou programas de investimento, mesmo depois de ser alertada por celebridades que suas imagens estavam sendo usadas de maneira inadequada.nEm comunicado, a Meta afirmou que tentou impedir os anúncios usando tecnologia que detecta e bloqueia mensagens falsas. n”Não queremos anúncios que tentam enganar ou confundir as pessoas no Facebook. Violam nossa política e não são bons para nossa comunidade”, afirmou um porta-voz do grupo, que expressou disposição de cooperar com a investigação.nDe acordo com a comissão, nos anúncios apareciam australianos famosos, como ex-políticos ou empresários, que nunca haviam aprovado ou apoiado os produtos.n”Além de resultar em perdas imensuráveis para os consumidores, os anúncios também prejudicaram a reputação de figuras públicas falsamente associadas a eles”, disse o presidente da comissão, Rod Sims.nA comissão ainda apontou o caso de um consumidor que teria perdido mais de 480 mil dólares em um dos golpes promovidos como uma oportunidade de investimento no Facebook.n”A Meta falhou em adotar medidas suficientes para conter anúncios falsos com figuras públicas, mesmo depois que estas informaram a Meta que seu nome e imagem eram usados para apoiar anúncios fraudulentos de criptomoedas, ressaltou Sims.